quinta-feira, 25 de agosto de 2011

SL Benfica 3 vs Twente 1

O medo não assiste a esta equipa do SL Benfica !

O Benfica enfrentava um dos jogos mais importantes da época, não tanto pelo jogo em si, mas pelo acesso que ele poderia dar à entrada na Liga dos Campeões, montra das melhores equipas da Europa e claro, ao encaixe financeiro que ela permite, cerca de 7 milhões de Euro apenas pela entrada na competição.

O Benfica vinha com uma ténue vantagem, devido aos golos marcados fora na 1ª mão, e podia-se pensar que a equipa iria tentar defender essa vantagem, jogando para o empate e não arriscando muito... nada disso !

O Benfica entrou mandão, com vontade de marcar, e sem medos do fulgor atacante de uma equipa que neste momento é 100% vitoriosa no seu País, liderando o Campeonato e tendo já ganho a Super Taça ao Ajax. Foi a maneira mais correcta de abordar o jogo.

Com Witsel de volta à titularidade, por troca com Saviola, voltámos a ver um Cardozo mais sozinho na frente , mas um Aimar mais adiantado, Aimar que está numa forma impressionante, e como diria Maradona, vale apena pagar bilhete para ver jogar o Mago Benfiquista. Em relação ao jogo com o Feirense, jogou também Emerson no lugar de Capdevilla, e que belo jogo fez Emerson, primeiro secando por completo Bryan Ruiz, o jogador mais perigoso do Twente, e depois da equipa em vantagem, atrevendo-se em boas incursões ofensivas.

A primeira parte foi um banho de bola, com o Benfica a efectuar 15 remates, e o Twente apenas 1 que pouco perigo levou à baliza, mas foi neste período que se voltaram a registar muitos falhanços em lances de golo nítido, e uma tentativa de por vezes abrilhantar em demasia as jogadas, perdendo o discernimento e a procura do golo, coisa que em certos jogos pode vir a ser fatal... o Benfica não pode falhar tanto !

Ao intervalo o marcador era injusto, revelava um 0-0 e confesso que me preocupava que na 2ª parte o caudal ofensivo pudesse ser menor, e bastava um golo ao Twente para passar. Bem sei que eles estavam bem mais longe desse golo, do que o Benfica, mas no futebol já vi de tudo!

A segunda parte trouxe os golos ao jogo, e logo a abrir, aos 47 minutos, Witsel marca um golo acrobático, na sequência de um toque de cabeça já dentro da área, feito por Luisão, após marcação de um livre ganho por Oscar Cardozo. Este foi o golo da tranquilidade, os Holandeses perderam ânimo e o Benfica percebeu que além de jogar bonito consegue marcar golos, e foi com toda a naturalidade que aos 60 minutos tenha sido a vez de Luisão marcar um golo de cabeça, após canto ao primeiro poste batido por Aimar.

Podia-se agora pensar, que com o Twente a precisar de fazer 2 golos para levar o jogo para prolongamento e 3 para ganhar, que o Benfica iria acalmar, mas não, continuou com o pé no fundo e acabou por chegar ao 3-0 num lance que um grande passe de Cardozo isola Witsel que corre para a baliza e bisa na partida, decorria o minuto 66.

A partir daqui o Benfica entrou um pouco mais em descompressão, como seria normal dado o resultado e também a intensidade que era impossível manter durante os 90 minutos, e JJ aproveitou para substituições.

Sairam Gaitán (um pouco mais apagado que os colegas), Nolito (desta vez sem marcar, mas não por falta de oportunidades) e Cardozo (não marcando fez um grande jogo ainda assim) e entraram Bruno César, Matic e Saviola... que de resto pouco mostraram porque a equipa já estava em descompressão.

Artur, sempre que chamado, e foram poucas as vezes, mostrou sempre grande categoria, ficando na retina um lance de golo de Bryan Ruiz que Artur tira com uma defesa magnífica. Só não conseguiu defender o cabeceamento do costa-riquenho que aos 85 minutos faz o golo de honra para o Twente.

Foi um belo jogo na Luz, tive pena de não ter ido, quando esteve nos meus planos ir, mas enfim.

Uma nota para arbitragem, que num jogo em que os jogadores também facilitaram, esteve quase sempre bem. Como ponto negativo, um penalty por assinalar a favor do Benfica, por mão na bola dentro da área do Twente. Pode agora parecer um erro de menor importância dado o resultado, mas noutra circunstância podia ter sido factor decisivo.


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