Depois de meses de angústia, sem um joguinho (oficial) do Benfica para ver, a pré-eliminatória da Champions veio curar um pouco essa "ressaca", mas é pelo início do Campeonato que qualquer adepto espera, e eu não fujo à regra.
O Benfica tinha uma deslocação a Barcelos, contra o Gil Vicente, uma equipa que no seu estádio nunca é fácil e que acabada de ser promovida (foi campeã da Liga Orangina) queria dar um bom espectáculo perante os seus adeptos.
O Benfica teve o seguinte primeiro 11 da Liga : Artur Moraes, Ruben Amorim, Jardel, Garay, Emerson, Javi Garcia, Gaitán e Nolito, Aimar, Saviola e Jara. Destacava-se aqui a ausência de Cardozo, jogador "odiado" por tantos Benfiquistas, mas que eu tanto aprecio... é a minha mania de gostar de jogadores que no lugar deles não inventam e marcam (muitos) golos. Faltava também Luisão, mas esse já se sabia, vinha castigado desde a época transacta.
O jogo começou com um ritmo bem interessante, com um Benfica mais ofensivo, e bastante perdulário, com Jara sobretudo a falhar alguns lances impressionantemente, mas o que se via era bonito, futebol ofensivo, embora faltasse ali a pressão alta que já vi no jogo com o Trabzonspor.
O Benfica chega assim com alguma naturalidade à vantagem, e Artur raramente é importunado, e quando o é revela sempre frieza e segurança. Surge entretanto o 0-2, numa bela jogada entre Saviola e Jara, que Saviola concretiza e pensa-se que o jogo poderá estar resolvido, e a malapata da 1ª jornada poderá estar a ser quebrada, no entanto e quando vejo Aimar a ficar nos balneários ao intervalo, e quando vejo a atitude da equipa na 2ª parte, e somando a isso as ocasiões falhadas, confesso que comecei desde logo a ficar com alguma apreensão, mas ao mesmo tempo sentia-me confiante que Jesus, e os próprios jogadores não deixariam que houvesse cambalhota no resultado.
Surge então o 1-2, num lance em que Ruben Amorim não faz tudo o que pode para interceptar uma bola, e o jogador do Gil Vicente Hugo Vieira aproveita e faz um belo golo, sem qualquer hipótese para o Artur. Esperava-se agora que o Benfica não entrasse na tremideira e que se não marcásse o 1-3 ao menos mantivesse o 1-2.
Jesus lançou ainda no jogo Enzo Pérez, que veio trazer mais algum rasgo, visto que Gaitán esteve muito apagado em relação ao que já mostrou esta época, mas o Benfica não conseguia marcar, ora por demérito, ora por muito mérito do Gil e sobretudo do seu guarda-redes, Adriano.
Depois surgiu... Laionel, sim esse mesmo, o mesmo gajo que o ano passado gelou a Luz, jogando pela Académica e marcando um golo como não volta a marcar outro, fez desta vez mais um belo golo, e estabeleceu assim o empate final a 2.
Mais uma época em que não entramos a ganhar, mas menos mal, não entramos a perder. No último campeonato em que fomos campeões também empatámos em casa no 1º jogo, e desta vez o empate foi fora. Quero com isto dizer que este empate não hipoteca, obviamente, o campeonato, mas foi um falso arranque sem dúvida. Espera-se mais deste Benfica, Jardel demonstra que não pode substituir Luisão, e que Ruben Amorim tem que comer muito pão para dar a solidez que dá Maxi.
Cardozo tem que ser indiscutível.
Sobre a Arbitragem, foi uma arbitragem tranquila por parte de João Ferreira, ficando no entanto a dúvida sobre a posição de Nolito no golo do Benfica. Há quem defenda que estava fora-de-jogo, eu sinceramente posso admitir que talvez estivesse, mas acho que nestes casos o fora-de-jogo não deve ser marcado, tal como as regras da FIFA indicam, que em caso de dúvida se beneficie o atacante. Fora-de-jogo não estava de certeza o Jara quando ficou isolado em frente à baliza, mas esse foi marcado. Fica ela por ela, digamos assim.
Sem comentários:
Enviar um comentário